Hospital de Base de RP abre sindicância para apurar denúncia de assédio sexual

Caso é acompanhado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto; hospital instaurou sindicância sigilosa para apurar os fatos

Funcionárias do Hospital de Base de Rio Preto procuraram a Polícia Civil para denunciar um chefe de departamento por assédio sexual e difamação. O homem, que também é acusado pelas vítimas de abusar de sua autoridade por ocupar um cargo superior, estaria constrangendo as subordinadas por ao menos três anos. As denúncias não envolvem a área médica da instituição.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que investiga casos de violência sexual e violência contra à mulher, está acompanhando o caso. As funcionárias já prestaram depoimento; uma delas foi ouvida no início dessa semana.

Até o momento, dois boletins de ocorrência já foram realizados – o primeiro, por difamação, registrado no dia 19 de janeiro deste ano.  

“É uma situação muito complicada, que os funcionários ficam com medo de denunciar porque temem perder o emprego. A DDM sempre está à disposição para ouvir as vítimas e dar esclarecimentos a elas”, informou a delegada Dálice Ceron.

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De acordo com o registro policial, uma das vítimas relata já ter recebido diversas “investidas” do homem, que teriam sido recusadas. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a mulher chegou a ser constrangida pelo homem, que a teria difamado por vê-la conversando com outro colega de trabalho.

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Segundo um boletim de ocorrência registrado por outra funcionária, em fevereiro, a vítima também relata ter recebido diversas “investidas” do homem e que ele teria dito para ela “pagar o que lhe deve”, insinuando que ela deveria sair com ele para se manter no emprego.

“Foi muito doloroso passar por tudo isso, me sentir pressionada dessa forma, constrangida, levar o caso a conhecimento e não ter uma devolutiva. Até acompanhamento psicológico eu tive, precisei tomar remédios”, contou uma vítima.

O portal IG Rio Preto teve acesso às mensagens enviadas pelo suspeito para uma das funcionárias, via WhatsApp. Em um dos textos, o homem chega a fazer comentários sobre o porte físico da vítima.

Em nota, a Funfarme, que administra o hospital, informou que recebeu a denúncia contra o colaborador e instaurou sindicância sigilosa para averiguar o caso.  

Confira a nota na íntegra:

“A Funfarme informa que recebeu a denúncia feita contra o colaborador e já instaurou sindicância interna e sigilosa para averiguar o caso, que ainda encontra-se em andamento”.